Que o silêncio me proteja
Quando estiver ausente das tuas palavras
Que me dê força suficiente
Que me retire ideias amargas.
Que me empurre para a frente
Quando a vontade me faltar.
Que me impeça de cair
Quando me sinto a desabar...
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12 comentários:
Serão minhas as palavras que pronuncias?
São!
Nem tudo é o que parece ser!
Pois de acordo!
Mas não basta mudar a forma quando o conteudo é tão familiar.
Alimento a imodéstia de pensar que te vou topando, topas?
Até pode ser que me engane, mas paciência; vale pelo jogo que vai preenchendo o vazio e a saudade. Até que me canse...
Vejo uma espécie de nuvens
Sinto-me calmo, feliz até
Não tenho o pensar pesado de outrora
Nem me lembro de nada
Contudo, lembro-me de tudo!
É esse o espírito, parece que estás no bom caminho.
E agora? Despedimo-nos com um "foi giro, havemos de repetir" ?
Talvez seja o melhor mesmo.
Ah, mas antes de matar isto, também gosto muito da Cidade do Anjos!
"foi giro, havemos de repetir"
Anjos? Não existem!
Jamais, uma cidade deles.
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Eugénio de Andrade
Respirei fundo,
Sustive,
Inspirei outra vez,
Outra vez. Fundo.
Esvaziaste-me de dádiva.
És resposta. Sempre foste.
Poema do Adeus?
Adeus
Resposta para quê?
Dádiva?
Se calhar não te percebo.
Mas como dizia o António Botto:
"a culpa só é minha,
Antes de tu me beijares
Já sabia o que hoje sei"
Adeus! Adeus!
Tchau!
Bye!
Não sei o que ainda por aqui andas a fazer?
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