Em teu corpo,
Floresta de medo,
Se cruzam caminhos de esperança
Abrindo sorrisos de tojos
Em clareiras de solidão.
Da alvura das tuas fontes,
Em cascatas cristalinas,
Escorrem restos de fogo
Para a minha sede de amor.
Eu agarro-me à pureza da terra
Nas raízes de um eucalipto
E dou-lhe um abraço eterno
Mais um beijo de resina.
Francisco Lopes
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2 comentários:
Tenho pena e não respondo.
Mas não tenho culpa enfim
De que em mim não correspondo
Ao outro que amaste em mim.
Cada um é muita gente.
Para mim sou quem me penso,
Para outros - cada um sente
O que julga, e é um erro imenso.
Ah, deixem-me sossegar.
Não me sonhem nem me outrem.
Se eu não me quero encontrar,
Quererei que outros me encontrem?
Fernando Pessoa
Tu lês o meu pensamento, é?
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